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Conheça os rituais fúnebres do judaísmo

O judaísmo é uma das religiões mais antigas e ricas em tradições, e isso se estende também aos seus rituais fúnebres. Quando um membro da comunidade judaica parte desta vida, uma série de práticas e cerimônias são realizadas para honrar o falecido e confortar os enlutados.

Neste conteúdo, explicaremos os principais rituais fúnebres do judaísmo, fornecendo um vislumbre dessa profunda e significativa tradição. Continue a leitura!

  1. Kevurah- o enterro:

No judaísmo, logo após a morte de alguém, uma das primeiras ações da família é comunicar o Chevra Kadisha, um grupo voluntário que oferece suporte em todos os procedimentos funerários.

Para os judeus, é um costume realizar o enterro o mais rápido possível após o falecimento, isso porque eles creem que a alma não consegue descansar até ser sepultada.

Uma das práticas prezadas pela crença são os membros da família e os amigos do falecido serem os responsáveis por carregar o caixão até a sepultura.

É importante pontuar que a cremação é uma prática não aceita para o judaísmo, fundamentada na crença de que esta é uma tradição pagã. Conforme a fé judaica, a alma requer um período para se desvincular integralmente do corpo, o que demanda o respeito à decomposição natural.

Por essa razão, a tradição judaica preza pelo processo tradicional de sepultamento, permitindo que a separação entre alma e corpo ocorra em harmonia com os princípios espirituais.

  • Tahará- a purificação do corpo:

Antes do enterro, os judeus praticam o ritual de Tahará, que envolve a purificação do corpo do falecido. O procedimento é conduzido por voluntários do mesmo sexo do finado, que lavam o corpo enquanto recitam preces, pedindo perdão por possíveis pecados cometidos pelo falecido.

Depois desse momento, é parte do ritual, vestirem o corpo com roupas brancas chamadas de Tachrichim, simbolizando a neutralidade e a pureza espiritual.

Após a preparação, o falecido é colocado em um caixão simples, muitas vezes feito de madeira, sem ornamentos, apenas com uma Estrela de Davi na parte superior, assim como as iniciais do morto, como forma de simbolizar a humildade perante Deus.

Além disso, os caixões não possuem vidro na tampa, para que quem estiver presente na despedida mantenha a memória bonita da pessoa em vida.

  • Keriá- o rasgar das roupas:

Após a conclusão da cerimônia fúnebre, os enlutados participam de um momento de profunda simbologia conhecido como Keriá. Nesse instante carregado de emoção, um estilete é utilizado para fazer um corte vertical na roupa dos familiares, representando a dor da perda em seus corações.

Esse gesto, é especialmente significativo quando a perda é de um pai ou mãe, quando o corte é realizado no lado esquerdo, como forma de expressar que essa é considerada a pior dor que alguém pode enfrentar.

  • Yizkor- o memorial:

Quatro vezes por ano, durante as festividades judaicas de Yom Kipur, Sucot, Pessach e Shavuot, os judeus praticam o Yizkor, uma cerimônia de memória dedicada aos entes queridos que partiram. Nesse momento, orações especiais são recitadas para honrar e lembrar os falecidos.

  • Unveiling- A revelação do túmulo:

Após um ano do falecimento, é comum realizar o “unveiling”, uma cerimônia na qual pedras memoriais são colocadas sobre o túmulo do falecido. Existem diversas interpretações para essa prática, por exemplo, as pedras podem representar que os mortos não serão esquecidos.

Esses são alguns dos rituais fúnebres do judaísmo, que carregam profundas significâncias religiosas e culturais, proporcionando conforto e apoio para os enlutados. Através dessas práticas, a comunidade judaica reafirma a importância da vida, honra a memória dos que partiram e fortalece seus laços como uma comunidade unida em fé e respeito.

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